segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO NÃO-FORMAL NO CONTEXTO HISTÓRICO E CULTURAL DA CIDADE DE GOIÁS












Este estudo tem como tema a construção do conhecimento não-formal no contexto histórico e cultural da Cidade de Goiás e o objetivo geral é evidenciar a relevância do envolvimento coletivo do ser humano para culminar na preservação e promoção da identidade cultural vilaboense, pela contínua articulação de experiências acumuladas, sob o enfoque não-formal. A partir da perspectiva sócio-histórico-cultural, o processo de aprendizagem é construído através de etapas de construção, desconstrução e reconstrução do conhecimento. E a abordagem das relações entre o conhecimento e a educação pressupõe a análise preliminar sobre o lugar do conhecimento no todo da existência humana. Nesse âmbito, a função substantiva do conhecimento é intencionalizar a prática mediadora dessa existência, por meio de uma intensa rede de relações sociais formais, informais e não-formais, que tece universalmente a existência real do indivíduo, em particular, num contexto tombado como Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade. Nesse sentido, propôs-se edificar as abordagens relativas à construção do conhecimento não-formal mediante a investigação do patrimônio (i)material, considerado berço da cultura goiana. Foram realizadas, como estratégias metodológicas, entrevistas com habitantes da cidade e observações do universo do trabalho individual e coletivo, da sociedade e da cultura vilaboense, no primeiro semestre de 2005. A escolha da Cidade de Goiás como objeto de estudo envolve questões que norteiam o fato da ausência de produções científicas relacionadas ao patrimônio intangível local, visto que a representação do “saber” envolve relações sociais, históricas e culturais que ocorrem por vias institucionais e organizacionais não-formalmente. As abordagens teóricas foram arquitetadas em Arantes (1990), Afonso (1989), Becker (1993), Chagas (2003), Cuche (2003), Fonseca (2003), José Luiz dos Santos (1994), Leite e Ostetto (2005), Libâneo (2004), Park (2000, 2003), Sacristán (1998), Sant’anna (2003), Santos (2003), Simson (2001), Sodré (1983) e UNESCO (2004), que contribuíram para alicerçar as definições teórico-metodológicas e a discussão sobre conhecimento não-formal, contexto e identidade sócio-histórico-cultural e patrimônio e memória vilaboenses. A conclusão desse estudo vem reafirmar as várias facetas do ensinar e do aprender, não somente como resultado de um processo sistemático, mas como fruto das relações humanas intangíveis naquele Patrimônio. O conhecimento tem suas bases sedimentadas na experiência coletiva acumulada, que estrutura a cultura de uma sociedade. Assim, o acúmulo, a reorganização e a sintetização dos valores humanos tem no processo não-formal de ensino um grande suporte que garante, pela contextualização do objeto do saber, o sustentáculo das articulações do envolvimento coletivo humano no cenário da antiga Vila Boa.

Cláudia Helena dos Santos
Grazielle Aparecida de Oliveira Ferreira
Margarida do Amaral Silva

Observação: Trata-se de um resumo expandido de uma pesquisa realizada em meados de 2005 (vou confirmar a data). O artigo completo encontra-se com as autoras. O mesmo foi apresentado na Reunião da Associação Brasileira de Antropologia.

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