Estrutura de redes em cidades é questão de planejamento
Um debate sobre a cidade e suas redes, tanto sociais quanto materiais, foi um dos debates da Conferência Internacional de Cidades Inovadoras. O evento acontece até sexta-feira (20), na sede do Sistema Fiep no Jardim Botânico, em Curitiba. "Discutir as redes e sua estrutura nas cidades é uma questão política e de planejamento, não de engenharia", destacou o geógrafo Steven Graham, professor de Cidades e Sociedade, Pesquisa Urbana Global em Newcastle, no Reino Unido.
Ele defende que é necessário pensar a cidade como um processo. "Existem os sistemas geográficos, que são representados pelas redes de energia, água, esgoto; os sociais, formados pelas pessoas; os políticos; os tecnológicos; os ambientais. Todos eles precisam funcionar em consonância. Quando uma essas redes entra em colapso, como aconteceu recentemente no Japão, surtem efeitos em toda economia global", ressaltou o geógrafo.
"A comunicação móvel e por meio de redes sociais possui um poder extraordinário. Não podemos esquecer as redes materiais, que são tão ou mais antigas que as sociais e que possuem em papel fundamental para o perfeito funcionamento da sociedade", disse o geólogo.
A emergência do ciberespaço ampliou a possibilidade de troca de experiências entre os cidadãos. O desafio agora é sair das redes sociais e transformar o contato individualizado em comunitário.
Um dos principais desafios das cidades, segundo Graham, é se manterem atualizadas diante da gama de novas tecnologias, inovações e redes sociais que surgem diariamente. "O uso desses sistemas, entretanto, está muito individualizado e restrito a pessoas que tenham interesse. Um smartphone, por exemplo, não é importante para pessoas que não têm água e comida em casa", disse.
Na avaliação do netweaver da Rede Vivo Educação, Luis Fernando Guggemberg, o surgimento da rede de tecnologia 3G possibilitou uma maior aproximação entre os cidadãos e as cidades. "A comunicação móvel e por meio de redes sociais possui um poder extraordinário. Não podemos esquecer as redes materiais, que são tão ou mais antigas que as sociais e que possuem em papel fundamental para o perfeito funcionamento da sociedade", disse o geólogo.
A emergência do ciberespaço ampliou a possibilidade de troca de experiências entre os cidadãos. O desafio agora é sair das redes sociais e transformar o contato individualizado em comunitário.
Um dos principais desafios das cidades, segundo Graham, é se manterem atualizadas diante da gama de novas tecnologias, inovações e redes sociais que surgem diariamente. "O uso desses sistemas, entretanto, está muito individualizado e restrito a pessoas que tenham interesse. Um smartphone, por exemplo, não é importante para pessoas que não têm água e comida em casa", disse.
"Apesar de estarmos em quase todos os municípios brasileiros, ainda vemos pessoas que não sentem os benefícios da rede. Em outras localidades, entretanto, a chegada do 3G revolucionou o desenvolvimento, com a instalação de empresas nos municípios, melhor preparo dos professores (que podem consultar a internet) e o empoderamento das pessoas com a tecnologia", observou.
Apesar de o fenômeno das redes sociais estar muito presente nos dias de hoje, ele ainda é recente. "Ainda não podemos medir as consequências de se trabalhar em rede. Quando o telefone foi inventado, não sabíamos como seria usado. O mesmo acontece com as novas tecnologias e smartphones: os grupos sociais ainda têm muito o que explorar", disse Graham.
"Ainda estamos aprendendo a viver em rede. O próximo desafio é aprender como sair de uma rede descentralizada para uma rede distribuída", ponderou Guggemberg.
Acesso para todos - Os palestrantes foram unânimes em afirmar que o alto custo ainda é uma barreira para a universalização do acesso às tecnologias. "No Brasil, a internet de banda larga é cara por conta do alto investimento com a instalação de antenas e pela alta carga tributária, que chega a 43%", disse Guggemberg.
Graham acredita que é possível disponibilizar tecnologias móveis a comunidades de baixa renda através de parcerias com empresas e prefeituras. "Na África, vemos muitas iniciativas de comunicação sem fio para permitir que agricultores de áreas mais isoladas tenham acesso à internet. Outro exemplo são as favelas, que estão alugando computadores e telefones à população por preços insignificantes".
Apesar de o fenômeno das redes sociais estar muito presente nos dias de hoje, ele ainda é recente. "Ainda não podemos medir as consequências de se trabalhar em rede. Quando o telefone foi inventado, não sabíamos como seria usado. O mesmo acontece com as novas tecnologias e smartphones: os grupos sociais ainda têm muito o que explorar", disse Graham.
"Ainda estamos aprendendo a viver em rede. O próximo desafio é aprender como sair de uma rede descentralizada para uma rede distribuída", ponderou Guggemberg.
Acesso para todos - Os palestrantes foram unânimes em afirmar que o alto custo ainda é uma barreira para a universalização do acesso às tecnologias. "No Brasil, a internet de banda larga é cara por conta do alto investimento com a instalação de antenas e pela alta carga tributária, que chega a 43%", disse Guggemberg.
Graham acredita que é possível disponibilizar tecnologias móveis a comunidades de baixa renda através de parcerias com empresas e prefeituras. "Na África, vemos muitas iniciativas de comunicação sem fio para permitir que agricultores de áreas mais isoladas tenham acesso à internet. Outro exemplo são as favelas, que estão alugando computadores e telefones à população por preços insignificantes".
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